Violência na
escola: um descaso permanente
Mais uma professora é agredida dentro da
escola.
A Direção da Regional 2 do Sindicato
Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (SEPE) torna público sua total solidariedade aos profissionais da educação do CIEP Antonio Candeia Filho (SME/ 6ª CRE) e em especial a professora Michelle , quanto ao episódio ocorrido na escola, no
último dia 11 de março. O SEPE repudia qualquer ato de violência nas escolas.
Chamamos a atenção, no entanto, para a grave crise nas redes municipal e estadual
de Educação do Rio de Janeiro, que sofrem com a falta de pessoal, condições de
trabalho e saúde e a valorização profissional.
Incidentes
como este vêm se repetindo de várias formas nos últimos anos. O nível de
estresse dos profissionais que trabalham nas escolas chega a um ponto nunca
visto em nossa categoria. O professor, no seu dia-a-dia de trabalho, convive
com turmas superlotadas; se aflige com a falta de uma política pedagógica
coerente por parte da Secretaria de Educação, mudada a cada ano sem uma
discussão aprofundada com a comunidade escolar. Contribuindo com a manutenção
de sua política MERITOCRÁTICA que
aprofunda com a falta crônica de estrutura nas escolas e a terceirização dos
serviços.
A Direção da Regional 2 do Sindicato
Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (SEPE) vem denunciando a falta de
profissionais de educação, professores, funcionários administrativos e
auxiliares nas redes públicas do Município e do Estado do Rio de Janeiro,
gestores rebatem as denúncias dizendo se tratar de excesso de sindicalistas
interessados apenas em tumultuar a ordem pública. Pois aí está mais um resultado do descaso, da falta de seriedade
com a coisa pública e com as vidas humanas: Professora é agredida dentro da escola.
Professor e funcionário na escola é
responsabilidade do poder público, que
deve zelar por sua segurança.
Em todo este tempo,
que já é longo, toda a vez que a REGIONAL
2 do SEPE denunciou a violência nas escolas, o poder público sempre apresentou
a justificativa social.
Diante desta
brutalidade sem precedentes, para nós, tanto a Secretária de Educação Cláudia
Costin, quanto o prefeito Eduardo Paes devem ser chamados à responsabilidade.
O que eles dirão à nossa
sociedade?
Não podemos admitir que
esta situação torne-se tão comum como já vem acontecendo.
O SEPE, completará 37 anos de lutas neste ano,
reafirmando os seus princípios em defesa da escola pública gratuita,
democrática, laica, universal e de qualidade social.
Rio de Janeiro, março de
2014.
Direção do SEPE REGIONAL 2
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