quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DA ALERJ CONVOCA SEEDUC


Marcada para 10 horas do dia 14 de dezembro, a Audiência Pública começou às 10 h e 30 min e terminou por volta das 14 h e 30 min. O Secretário Estadual de Educação, Wilson Risolia, compareceu e fez um balanço da sua gestão neste ano. A diretoria do SEPE cobrou do Secretário diversos assuntos, como o fechamento de escolas noturnas e questionou a SEEDUC em relação à evasão de alunos da rede, quando o secretário declarou à imprensa, em novembro, que existem 120 mil "alunos fantasmas" nas escolas estaduais. Indignados, alunos da rede fizeram um protesto silencioso na audiência em relação à declaração de Risolia, fantasiando-se de fantasmas.
Os profissionais de educação, após o término, se dirigiram para a sede da SEEDUC onde realizaram o "Dia do Protocolo", com o pedido protocolado à secretaria de que os professores tenham direito ao 1/3 de planejamento extraclasse, conforme determina a Lei Federal.
O SINDSERJ esteve presente se pronunciando e divulgando nota protestando contra a redução da carga horária das disciplinas de Sociologia e Filosofia. Em seu pronunciamento, o presidente do SINDSERJ, Nilton Soares, afirmou que os professores de sociologia e filosofia consideram o teor e as conseqüências da decisão da SEEDUC danosas à educação no Estado. Declarou, ainda, que os professores se sentiam consternados com a decisão da Secretaria de Educação.
A Chefe do Departamento de Sociologia do Colégio Pedro II, Professora Fátima Ivone, também esteve presente e divulgou CARTA ABERTA dos professores de Sociologia da instituição, expressando o seu repúdio pela diminuição da carga horária das disciplinas de Sociologia e Filosofia na grade curricular da SEEDUC.
Inúmeros Deputados compareceram à Audiência Pública enriquecendo o debate.
Parabéns ao Deputado Comte Bittencourt pela condução da Comissão de Educação da ALERJ.

Fontes:SEPERJ e SINDSERJ

sábado, 12 de novembro de 2011

Quem ainda quer ser professor?


Há fortes evidências, nos dias atuais, de que a profissão docente vive uma crise sem precedentes na história do nosso ensino. A despeito da grande diversidade de condições da oferta e demanda por escolarização, tanto no que se refere à condição docente quanto à condição discente, produto da diferenciação sociocultural e das desigualdades socioeconômicas, essa crise atravessa a estrutura da escola de alto a baixo.
Ela combina ingredientes de natureza muito diversa, mas o elemento-chave da sua explicação é o baixo valor do diploma de professor, sobretudo na educação básica, tanto no mercado de bens econômicos (salário) quanto no mercado de bens simbólicos (prestígio). Esse baixo valor do diploma expressa um terrível paradoxo: quanto mais expandimos a oferta do ensino, maior se revela nossa dificuldade de formar professores para atendê-la.
Estamos pagando o preço caro de uma conquista. Desde o século 18, na Europa, e pelo menos desde o final do século 19, no Brasil, reivindica-se educação como direito do cidadão e dever do Estado. Pois bem, todos - ou quase todos - vieram para a escola. Vieram os camponeses, os das periferias urbanas, os indígenas, os deficientes físicos e, inclusive, os que não querem saber de escola. Vieram por direito, resultado de lutas históricas pela sua inclusão nos sistemas de ensino. Mas, como não há milagres em matéria de educação e ensino, isso também exigiria formar em quantidade e qualidade os professores que dariam conta dessa tarefa em condições que obedecessem a patamares mínimos de decência.
O Brasil universalizou recentemente o ensino fundamental e trabalha arduamente para universalizar, até 2016, a educação infantil e o ensino médio, cujo atendimento está na casa de míseros 50%. Não bastasse a escassez de professores para a demanda atual, que o MEC já contabiliza na casa dos 250 mil, sobretudo para o ensino das ciências, universalizar a educação básica implica a necessidade de formar mais e bem os professores para realizar a tarefa. Essa legítima proposta do Plano Nacional de Educação esbarra, contudo, em problemas cuja gravidade nos deixa poucas expectativas para sua realização.
Um desses problemas é a baixa atratividade da carreira docente, com recrutamento dos estudantes dos cursos de licenciatura justamente entre aqueles de escolarização básica mais precária. Indicador preocupante dessa baixa atratividade está expresso na relação candidato/vaga dos últimos 13 vestibulares da UFMG (2000-2012), o que parece estar longe de ser uma situação exclusiva desta Universidade. Em 2000, dos 17 cursos mais concorridos, seis formavam professores. Para o vestibular 2012, não há um único curso de licenciatura entre os 15 mais concorridos.
Mantida a atual tendência, em três ou cinco anos não teremos candidatos aos cursos de licenciatura. Cursos como Ciências Biológicas, Educação Física, Geografia, História, Letras, Matemática e Pedagogia, que eram disputados numa correlação de 12 a 30 candidatos por vaga, há dez anos, para 2012 contarão, respectivamente, com 3,5; 2,1; 1,6; 4,8; 1,4; 2,9 e 3,0 candidatos para cada vaga. Mesmo considerando que houve aumento do número de vagas em alguns deles, redução da concorrência em outros cursos que não os de licenciatura e que caiu de 18 para 9 a média geral da relação candidato/vaga na universidade, a generalizada queda da concorrência nos cursos de licenciatura é forte evidência de que há pouco interesse pela docência atualmente.
Mas isso é apenas parte do problema. Um segundo elemento a ser considerado é o elevado índice de desistência da profissão. Grande número dos que se formam professores não terão as salas de aula como destino ocupacional. A universidade fez elevado investimento, nas duas últimas décadas, criando cursos exclusivamente de licenciatura, em que a escolha precede o vestibular. Grande parte dos alunos desses cursos diz explicitamente que a sala de aula não é a sua opção. E um dos motivos mais apontados é a informação sobre o elevado índice de abandono da profissão, isto é, professores experientes que se afastam por adoecimento ou por não suportarem mais ser vítimas de violência física e/ou simbólica no cotidiano da sala de aula.
Internamente, a Universidade tem enfrentado o problema com ações como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), que concede bolsas de estudos e um trabalho de formação diferenciada para alunos dos cursos de licenciatura. Contudo, se não forem modificadas as condições gerais da docência, para fazer dela uma carreira atraente, simplesmente não teremos professores para atuarem na universalização da educação básica.

Artigo de João Valdir Alves de Souza, professor de Sociologia da Educação na FeE/UFMG, coordenador do Colegiado Especial de Licenciatura e do Grupo de Pesquisa sobre Formação de Professores e Condição Docente.

Fonte: Articulando Educadores

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sinpro-Rio convoca assembleias da Campanha Salarial de 2012

Confira os horários e participe da sua assembleia! Dia 19 de novembro, sábado: 10 horas – Assembleia da Educação Superior: ganho real, manutenção das cláusulas e regulamentação da tecnologia de educação em sala de aula. 14 horas – Assembleia da Educação Básica: equivalência do piso, ganho real, manutenção das cláusulas e condições de trabalho e saúde. Auditório do Sinpro-Rio, Rua Pedro Lessa, 35, 2.º andar, Castelo. As informações são do site do Sinpro-Rio. www.sinpro-rio.org.br/

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CTB marcha com professores por 10% do PIB para educação

Na última quarta-feira (26), a CTB participou ao lado dos trabalhadores da educação e estudantes de todo país, de uma caminhada até a Esplanada dos Ministérios para reivindicar o investimento de 10% do PIB para o setor de educação.

A Marcha em defesa da educação pública, promovida pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), concentrou-se logo cedo em frente ao Estádio Mané Garrincha saiu, por volta das 10h, pelo Eixo Monumental, percorreu todo trajeto da Esplanada dos Ministérios culminando com um grande ato em frente ao Congresso Nacional que contou com a participação de Parlamentares, entidades de âmbito nacional e internacional como as Centrais Sindical da Argentina e Chile dentre outras.

"A CTB, defensora de uma Educação Pública, laica e de qualidade socialmente referenciada, participou destacadamente da Marcha que teve como tema '10 mil pelos 10% do PIB para a educação'. Sem dúvida, a luta, mais do que justa, traz para a ordem de prioridades o que já é uma bandeira defendida há algum tempo por educadores, o financiamento da educação com mais investimentos para um setor que consideramos prioritário para um projeto desenvolvimento com crescimento econômico, distribuição de renda e políticas sociais voltadas para o bem estar do seu povo", destacou Marilene Betros, membro da direção executiva da CTB, que também lembrou da importância de se conste do PNE que tramita no Congresso Nacional o percentual de 10% do PIB para a educação, alterando a proposta do PL 8.035/2010 que é de ampliar para 7%.


Para a dirigente cetebista a ampliação dos recursos é fundamental para melhorar a qualidade da educação. "Não podemos negar que o Brasil saiu de uma aplicação do PIB no setor, de 3% para 5% o que ainda é muito pouco para superar a enorme desigualdade existente na educação neste país de dimensão continental onde temos 10% dos jovens acima de 15 anos analfabetos e sem acesso a uma vida digna. Ainda há uma grande defasagem. Se compararmos o nosso país com outros, podemos verificar que aqui se investe menos que na Bolívia(6,4%), Botswana(8,7), África do Sul(5,4%) e México(5,4%) sem contar Cuba que aplica 9,1%(dados da UNESCO, 2010. Segundo diversas pesquisas feitas ao longo de anos, sobre a questão, os resultados obtidos pelos países que organizaram tardiamente sua educação pública melhoraram consideravelmente a partir do momento em que aumentaram os investimentos no sistema de educação pública, a exemplo Japão, Cingapura, Finlândia e Cuba", ressaltou.
Ao final da Marcha, a CNTE entregou documento ao Ministro da Educação Fernando Haddad onde ressaltava a necessidade de garantir no próximo Plano Nacional de Educação a destinação de 10% do PIB para a educação, além de outras questões, não menos importante como a valorização dos profissionais da educação, através de piso salarial digno vinculado às carreiras do magistério e dos demais profissionais da educação básica, bem como a implementação da gestão democrática nas escolas e nos sistemas de ensino.

O documento cobrava também a resposta das pautas da CNTE que estão sem respostas, a exemplo da instalação da Mesa de Negociação com representantes dos entes federados e dos trabalhadores em educação visando à imediata aplicação do piso salarial profissional nacional do magistério em todo país, a aprovação da Lei de Responsabilidade Educacional e a implementação do Sistema Nacional de Educação por meio de dispositivos legais.
Marilene Betros destacou ainda que a CTB continuará levantando a bandeira da defesa da educação pública, com destaque para os pontos importantes , principalmente no que se refere à qualidade, à equidade e à permanência do estudante na escola e que isso só acontecerá com mais investimentos, sendo o aumento do PIB para 10% já, um dos mecanismo urgente.
"A CTB continuará também na luta pela aplicação plena da lei do piso nacional para o magistério pelos estados e municípios, pela obrigatoriedade da existência de planos de carreira e que estes sejam cumpridos e a implantação de 1/3 da jornada para atividades de planejamento e formação, uma vez que, piso salarial, jornada, formação inicial e continuada, carreira e condições apropriadas para o pleno êxito das atividades docentes, são elementos indissociáveis da valorização dos profissionais da educação", afirmou ainda a diretora.

Portal da CTB 28.10.2011
http://portalctb.org.br/

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tem algo de errado na escola. É hora de corrigir!


Campanha pela paz nas escolas conquista apoio da sociedade
A campanha pela paz nas escolas do Sinpro Minas começou neste mês a ser veiculada na mídia e em outros espaços, entre eles as redes sociais. A iniciativa tem recebido manifestações de apoio da sociedade.

Com o slogan Tem algo de errado na escola. É hora de corrigir, a campanha traz peças e um vídeo (abaixo) com situações prováveis que retratam formas de agressão vivenciadas pelos professores.


http://www.sinprominas.org.br/conteudos/detalhes.aspx?IdCanal=123&IdMateria=2170
Extraído do site do Sinpro Minas

sábado, 15 de outubro de 2011

DIA DO PROFESSOR

Em 15 de outubro, comemora-se o Dia do Professor. Esta data é consagrada à educadora Santa Tereza D’ Ávila, que viveu na Espanha, no século XVI. Em 15 de outubro de 1827, D.Pedro I baixou um decreto que criou o ensino elementar no Brasil. Mas, foi somente em 1947, que aconteceu a primeira comemoração de um dia dedicado ao professor. Na época, o segundo semestre letivo estendia-se de primeiro de junho a quinze de dezembro, tendo apenas 10 dias de férias. Os professores do Ginásio Caetano de Campos, em São Paulo, resolveram estabelecer que, naquele segundo semestre de 1947, no dia 15 de outubro, as aulas não aconteceriam e que o dia seria reservado à comemoração e à reflexão sobre o trabalho do professor (Texto de Augusto Cesar Petta, professor, sociólogo, Coordenador Técnico do Centro de Estudos Sindicais (CES), ex- Presidente do SINPRO-Campinas e região, ex-Presidente da CONTEE).

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O IPCS está realizando uma pesquisa exploratória sobre a Eleição de 2012

O IPCS (Instituto de Pesquisa em Ciências Sociais- www.ipcs.inf.br) está realizando uma pesquisa exploratória sobre a Eleição de 2012 no Rio de Janeiro com os membros da lista do SINDSERJ.
O objetivo é examinar a opinião política dos membros da nossa lista com relação à eleição do Rio de Janeiro em 2012.
O questionário é curto (leva menos de 1 minuto) e pode ser respondido por todos, incluindo estudantes da graduação.
Naturalmente o questionário é anônimo e seus resultados serão divulgados na lista, tão logo a cota amostral seja atingida.
Basta clicar no site abaixo para entrar no questionário.

https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dGNZOVBwZFA5b25tYkVmNWU3cDJoLWc6MQ

Caso o site não abra após clicar, copie e cole o endereço em seu navegador.

SBS realiza em 26/10/11 Assembleia Geral

A Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS) convoca seus associados a participarem da próxima Assembleia Geral Ordinária, a se realizar no dia 26 de outubro, às 18hs, no Hotel Palace, sala 14, na cidade de Caxambu/MG.
Veja no site da SBS: http://www.sbsociologia.com.br/

Dia do Professor: Por valorização e nenhum direito a menos

  Foto: Freepik. Publicado 15/10/2023 - Atualizado 11/10/2023 No dia 15 de outubro, celebramos o Dia do Professor como uma data de luta, ref...