Apenas seis escolas estaduais de
ensino médio funcionam em três turnos (manhã, tarde e noite) em Jacarepaguá e
Barra, são elas: CE Brigadeiro Schorcht – Taquara; CAIC Euclides da Cunha – Av Eng. Souza
Filho, s/nº - Rio das Pedras; CE Stella Matutina – Rua Candido de Figueiredo,
181 – Tanque; CE Profª Mª Terezinha de C Machado – Rua Candido Benício, 826 –
Pça Seca; CIEP Dr Ulisses Guimarães – Rua da Reverência, 375 – Curicica; e CE
Vicente Jannuzzi – Av das Américas, 6120 - Barra da Tijuca. Esse número reduzido de colégios estaduais, em
uma região que vem crescendo aceleradamente nos últimos anos, vem trazendo uma
série de transtornos aos nossos jovens egressos da rede pública municipal de
ensino fundamental que procuram a continuidade dos seus estudos no ensino médio
público. Embora a legislação garanta vaga para todos na rede de ensino médio da
SEEDUC – Secretaria Estadual de Educação, a pequena oferta de vagas, em
especial, no período diurno (manhã e tarde), muitas vezes impede que esse
direito seja assegurado aos nossos adolescentes.
Crise de qualidade na educação, todos
nós sabemos que há, pois, não faltam denúncias de superlotação das salas,
servidores mal pagos, professores trabalhando em várias escolas para completar
a carga horária, falta de professores e de funcionários administrativos etc.
Agora, temos que conviver com a incapacidade do governo em oferecer vagas para
todos, incapacidade que se agrava a cada dia. É o total desrespeito com a
sociedade!
O mais estranho de tudo é que, nos
últimos anos, foram fechadas mais de 50 escolas estaduais, grande parte delas
na Cidade do Rio de Janeiro. Pressionada pela sociedade que luta por mais e
melhores escolas públicas, a SEEDUC fez uma proposta junto ao CEE – Conselho
Estadual de Educação, barrada pela mobilização dos profissionais de educação, de
substituir o ensino presencial, ou seja, as aulas regulares nas escolas, por um
projeto descabido de educação a distância que substituiria 20% da carga horária
total dos estudantes do ensino médio das escolas da rede. Mais uma tentativa de
golpe contra a educação, mas, dessa vez, frustrada pela ação consciente dos
educadores através do SEPE – Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de
Janeiro, com o apoio da FETEERJ, a federação dos sindicatos de professores da
rede privada, Sindserj – Sindicato dos Sociólogos do Estado do Rio de Janeiro,
centrais sindicais (CTB/RJ, Conlutas, CUT/RJ e Intersindical) e entidades estudantis.
A opinião pública e as manifestações
da sociedade fluminense repudiam o descaso do governo estadual com os reais
interesses públicos. Educadores, estudantes, pais de alunos e a sociedade devem
estar cada vez mais mobilizadas na defesa de uma educação pública inclusiva,
democrática e de qualidade.
Márcio Franco
Publicado no Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá
Setembro/2013
Site: http://jaajrj.com.br/blog/