sábado, 22 de setembro de 2012

ATO PÚBLICO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO


Profissionais da Educação da Cidade do Rio de Janeiro protestaram contra a política educacional da Prefeitura, dia 20 de setembro, às 14 horas, em frente ao Centro Administrativo, na Cidade Nova. A manifestação, apoiada pelo SEPE/RJ, partiu de uma iniciativa dos profissionais de educação da rede municipal através da internet.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Nota de Repúdio

Na Assembleia da Rede Estadual deste sábado, dia 01/09, diretores da Regional 6 questionaram a manutenção do boicote ao SAERJ e ao Conexão Educação porque, na realidade das escolas, este boicote não acontece e existem questões muito importantes, como a Reforma Curricular, sobre as quais o sindicato deve lançar foco. Diante da firmeza de nossos diretores em fazer colocações e propostas contrárias às posições dos grupos presentes à Assembleia, houve um ataque raivoso e desrespeitoso à democracia por parte de um diretor do Sepe, que chamou nossos diretores de “governistas” (pois é assim que alguns classificam todas as propostas divergentes das suas), levianamente, os acusou de terem cargos no governo e chegou a verbalizar que o Sepe não deveria permitir a permanência, em seus quadros, de profissionais favoráveis ao governo.


Não há como aceitar este tipo de postura fascista, que não convive e não tolera as diferenças de opinião, que considera o sindicato um instrumento de oposição ao governo e faz dessa oposição o seu alvo principal de luta, não mais a conquista de melhores condições de trabalho para a categoria e não mais a luta por uma Educação de qualidade. A Regional 6 defende a autonomia do sindicato, que não pode ser contra ou a favor de governos porque não é partido político, nem pode ser instrumento de algum deles.

Todo o nosso repúdio ao discurso que afirma que o Sepe é um sindicato de vanguarda e não um sindicato de massa. Por trás deste discurso, está embutida a idéia de que este grupo que se considera “vanguarda” é o único detentor da verdade e, por isso, se acha no direito de menosprezar a opinião da categoria. É um discurso que tenta justificar o esvaziamento dos Atos e Assembleias desqualificando a base que o sindicato representa, o que abre espaço para posturas fascistas, autoritárias, mentirosas como a que aconteceu na última Assembleia.

Em que pesem as intervenções de alguns diretores do Sepe, que se mostraram contra os ataques descabidos, ofensivos e agressivos sofridos por nossos diretores, é importante compreendermos que só a retomada do sindicato pela categoria possibilitará ao Sepe se tornar um sindicato mais representativo dos anseios e necessidades de sua base, portanto, um sindicato de massas, instrumento de luta participativa e cidadã.

A maioria dos diretores da Regional 6.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Assunto: Ensino Médio


Reforma estapafúrdia

A ideia que o Ministério da Educação (MEC) tem para melhorar a educação brasileira é a extinção do `professor de colégio`. Nunca pensei que se chegaria nisso. É fantástico: não havendo mais a figura do professor, tudo se resolve.

A reforma que o MEC propõe para o ensino médio se resume nisto: ficam extintas as disciplinas tradicionais -português, história, física, filosofia etc. Seus conteúdos devem ser diluídos em `áreas`, criadas sem respaldo epistemológico, mas apenas como reflexo do mal arrumado Enem.

A proposta foi tema de dois textos nesta seção no último sábado. Com ela, o MEC atual repete o erro da ditadura militar. Pela Lei de Diretrizes e Bases de 1971, foi feito algo parecido, tendo sido necessário voltar atrás sete anos depois, quando foi constatado o fracasso da reforma.

Como não nasci ontem, posso dizer quais as principais consequências da reforma atual proposta.

1) A primeira é gravíssima: desaparecendo a disciplina, desaparece a figura do professor da escola média, ou seja, o tradicional professor de colégio, uma vez que é pelo domínio de um conteúdo específico que ele se caracteriza.

O professor do ensino médio será um generalista igual ao professor do ensino das primeiras séries do ensino fundamental. Ele poderá ser despejados dentro das tais áreas e, conforme o jogo de forças interno a elas, descartado. Professor sem disciplina no âmbito do colégio não é professor.

2) Não havendo mais a profissão de, por exemplo, professor de física, de filosofia ou de história, para que serviriam os cursos de licenciatura na universidade brasileira? Para nada. Isso vai causar desprestígio ainda maior da carreira do magistério e o fechamento das licenciaturas na universidade.

3) Não existindo mais disciplinas na escola média, queiram ou não, haverá um vácuo de três anos na vida do jovem.

As áreas não funcionarão de imediato (se é que algo assim possa funcionar um dia!), como sempre ocorre nesses casos de mudanças esdrúxulas. Haverá, então, o caos na escola: não se saberá que tipo de professor deverá ficar com os alunos e, ao fim e ao cabo, teremos rapidamente na universidade duas ou mais gerações com três anos a menos de ensino.

4) Descaracterizada dessa maneira, a escola média irá se configurar como um `lugar de espera`. Será um tipo de playground para adolescentes (!), que deverão ficar lá, `na bagunça` -provavelmente eles próprios perceberão que não se sabe o que fazer com eles. A escola será um lugar para segurar uma juventude que deverá esperar a universidade para voltar a ter professor especialista!

A universidade, por sua vez, terá de arcar com a tarefa de suprir o que se perdeu nesses três anos. Obviamente, não conseguirá dar conta disso. O ensino universitário sofrerá pressão no sentido de baixar seu nível, uma vez que a maioria dos alunos não estará entendendo coisa alguma em sala de aula.

Tecnicamente, no jargão da sociologia da educação, trata-se aí de `expropriação do saber` do professor, uma conhecida antessala para arrocho salarial e contenção de despesa.

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO - PAULO GHIRALDELLI JR

http://www.folha.uol.com.br/










Dia do Professor: Por valorização e nenhum direito a menos

  Foto: Freepik. Publicado 15/10/2023 - Atualizado 11/10/2023 No dia 15 de outubro, celebramos o Dia do Professor como uma data de luta, ref...