terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Lula defende a aceleração da integração latino-americana para o enfrentamento da crise econômica

No Equador, Lula dá uma aula de Geopolítica: juntos somos 600 milhões de habitantes com um PIB de US$ 5,5 trilhões.


Lula: nossos países estão distribuindo renda, conhecimento e poder (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Quanto mais integração melhor se enfrenta a crise, disse ele.

Lula propõe uma nova ordem política global, a partir da união da América Latina e do Caribe.

Um conjunto econômico que pode se fortalecer se o Brasil superar ridículos entraves administrativos que dificultam a passagem pelo “Eixo Interoceânico Sul”, que liga o Peru e a Amazônia.

E se o Brasil e a Bolívia chegarem, logo, a um acordo sobre o transito de caminhões de outros países, para liberar, de vez, a passagem pelo “Corredor Bi-Oceanico”, que liga os portos de Arica no Chile a Santos.

É a aula a que os tucanos faltam.

Porque o projeto deles é tirar os sapatos num Pacto do Pacífico, de forma a se integrar, como na ALCA, à hegemonia (decadente) dos Estados Unidos.

(Já em 2014 a Economia da China será maior que a dos Estados Unidos. E que a China e a Nicarágua vão construir um canal mais largo e mais fundo para competir com o do Panamá.)

(E que a Presidenta Dilma e o presidente Xi Jinping assinaram um compromisso para construir, com o Peru, uma estrada de ferro que sai de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, para chegar ao Peru … Será o ramal Oeste da Norte-Sul.)

Daí, o papel estratégico desses dois corredores trans-continentais que o Lula mencionou.

Eis a Aula Magna (que dá coceira no Príncipe da Privataria, em Paris):

Lula defende mais integração na América Latina contra a crise econômica e o conservadorismo



“Lula, bem-vindo,  o Equador está contigo”, assim foi recebido o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira (3), em Guaiaquil, no Equador,  onde defendeu a aceleração da integração latino-americana contra a crise econômica.


O ex-presidente participou nesta quarta-feira (3), do Seminário Internacional “Integração e Convergência na América do Sul”, da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), onde aconteceu a conferência “A Unidade e a Integração Latino-Americana e Caribenha: Passado, Presente e Futuro”. O seminário antecede a inauguração da sede da Unasul, em Quito, na sexta-feira (5), com a presença dos presidentes da região, inclusive a presidenta Dilma Rousseff.


Em seu discurso, Lula parabenizou a vitória de Tabaré Vasquez no Uruguai, considerada pelo ex-presidente brasileiro parte de um “segundo ciclo” de integração e governos populares na América do Sul, junto com as recentes eleições de Evo Morales, na Bolívia, Michelle Bachelet, no Chile, e Dilma Rousseff, no Brasil. Para o ex-presidente, o povo renovou sua confiança nos governos de transformação social, mesmo diante de ataques do conservadorismo feitos “a toda soberania de uma região do planeta que está construindo um vigoroso projeto alternativo ao neoliberalismo.”


Ao comentar os avanços da integração no século 21, Lula apontou que o já realizado em infraestrutura e aumento do comércio na América Latina, que saltou de 50 bilhões de dólares para 189 bilhões de dólares em 10 anos, foi muito, mas ainda não estão à altura do nosso potencial ou necessidades. “A crise econômica mundial teve um efeito inibidor sobre as iniciativas de integração. Como se tivéssemos que esperar o fim da crise para voltar a tratar da integração. Estou convencido de que é justamente o contrário: quanto mais nos integrarmos, melhores serão as nossas condições para enfrentar e superar os efeitos da crise.”


Lula citou como exemplo, problemas em dois projetos de infraestrutura que ligam o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, um que liga o Brasil ao Chile, outro ao Peru, que sofrem com problemas burocráticos nas fronteiras para facilitar o fluxo de mercadorias na região. E também a resistência do Brasil a importar bananas produzidas no Equador.


O evento, feito em parceira com o Instituto Lula e o Ministério das Relações Exteriores do Equador, debateu a integração da América Latina, com a presença do secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, da president da Cepal, Alicia Bárcena, o ministro das Relações Exteriores, Ricardo Patiño, o socólogo brasileiro Emir Sader, entre outras autoridades, representantes de institutições multilaterais, como o Mercosul, a Aliança do Pacífico, a ALBA, parlamentares, embaixadores e pesquisadores.


Leia o discurso escrito de Lula (sem os improvises)


É um privilégio participar deste encontro com representantes de tantos países irmãos, no momento em que se inaugura a sede permanente da UNASUL. Este é um passo extraordinário para concretizar o sonho da integração de nossos povos e países.


Quero felicitar o companheiro Rafael Correa, uma das lideranças mais expressivas do nosso continente e um dos maiores incentivadores desse projeto. Quito tornou-se de fato a Capital da Integração. Aquele belo edifício na Metade do Mundo será, a partir de amanhã, a casa de todos nós.


Saúdo, fraternalmente, o companheiro Ernesto Samper,  novo secretário-geral da UNASUL, que vem contribuir com sua experiência política e reconhecida capacidade de diálogo, qualidades essenciais para conduzir o processo de integração a uma nova etapa, possível e necessária.


Antes de entrar no tema desta conferência, quero prestar homenagem a dois companheiros que não estão mais entre nós, mas sem os quais não teríamos chegado tão longe: Néstor Kirchner e Hugo Chávez.


Cada qual a sua maneira, eles foram personagens fundamentais neste processo, emprestando sua energia, generosidade e visão de futuro para o fortalecimento do Mercosul, a criação da UNASUL e a constituição da CELAC.


Líderes de origens e países distintos, Kirchner e Chávez demonstraram, acima de tudo, espírito de fraternidade e compromisso com o desenvolvimento e a emancipação dos povos da América Latina e do Caribe, dedicando especial atenção para o combate à pobreza e à desigualdade.


Saúdo também a eleição, no último domingo, do companheiro Tabaré Vázquez, para um segundo mandato como presidente do Uruguai. Em sua primeira presidência, o companheiro Tabaré foi um dos grandes artífices da construção da UNASUL.


Sua eleição foi mais uma importante vitória das forças progressistas de nossa região nestes últimos dois anos. Neste período, os governos transformadores sofreram os mais duros ataques, por parte dos adversários internos, e por parte dos porta-vozes mundiais do conservadorismo político e econômico.


Numa interferência totalmente descabida em assuntos internos, analistas de mercado, agências de risco e até organismos multilaterais tentaram desqualificar políticas econômicas soberanas, que evitaram o desemprego e a recessão em nossos países. A imprensa dos grandes centros financeiros demonizou projetos políticos democraticamente eleitos, valendo-se muitas vezes da manipulação dos fatos, da mentira e do preconceito.


Foi um ataque coordenado e tenaz, mas as populações dos nossos países não se deixaram intimidar. Reafirmaram, nas urnas, a decisão de trilhar um novo caminho de desenvolvimento com inclusão social. Rechaçaram o retrocesso ao neoliberalismo e aos modelos excludentes do passado.


O fato é que desde a reeleição de Rafael Correa, no Equador, e da vitória de Nicolás Maduro, na Venezuela, as forças progressistas inauguraram um segundo ciclo de vitórias eleitorais em nossa região.


O respaldo popular aos projetos de mudança se manifestou  no Chile, com Michele Bachelet; em El Salvador, com Salvador Sánchez Cerén, e na Bolívia, com Evo Morales. Na Colômbia, os inimigos do processo de paz foram derrotados pelo  presidente Juan Manuel Santos com o apoio qualificado das forças de esquerda no segundo turno. No Brasil, reelegemos a companheira Dilma Rousseff, numa campanha duríssima, que mobilizou fortemente os setores populares e democráticos da sociedade.


Apesar dos reflexos de uma crise global que não foi criada por nós, mas pela especulação desenfreada nos grandes centros econômicos; apesar da dureza da disputa, com a radicalização cada vez mais estridente da direita; apesar de todas as dificuldades, o povo renovou a confiança nos governos de transformação social.


Mas não devemos nos iludir: os ataques do conservadorismo não se dirigem a cada país isoladamente. São ataques à  soberania de toda uma região do planeta, que está construindo um vigoroso projeto alternativo ao neoliberalismo, lastreado na democracia, no diálogo e na busca de formas mais justas de desenvolvimento.


Meus amigos e minhas amigas,


Neste último decênio, o processo de integração, que havia sido interrompido pelos governos neoliberais, foi retomado com vigor. Afinal, percebemos que os desafios do desenvolvimento são comuns a nossos povos e países, e por isso não podíamos continuar de costas uns para os outros.


Posso dar o testemunho da ação de resgate do Mercosul, da qual participei diretamente em meu período como presidente da República. Foi uma decisão estratégica que anunciamos no primeiro dia de governo, em janeiro de 2003, e que estava em plena sintonia com os anseios de Argentina, Paraguai e Uruguai.


Além de revalorizar o papel das chancelarias, estabelecemos um mecanismo de consulta permanente entre os chefes de Estado. O contato direto entre os presidentes gerou confiança mútua e aprofundou a compreensão sobre a importância da integração para cada país.


Investimos fortemente na redução das assimetrias entre os membros do bloco, elevando de maneira exponencial os recursos do fundo destinado a este fim, o Focem. Isso resultou em importantes obras de melhoria da infraestrutura produtiva e social, beneficiando, sobretudo, as economias menores. Promovemos também acordos de imigração e previdência social no âmbito do bloco.


Em apenas 10 anos, o comércio entre os países do Mercosul passou de US$ 15 bilhões para US$ 66 bilhões. Com o ingresso da Venezuela, o bloco se fortaleceu e as possibilidades de comércio cresceram ainda mais.


Uma expansão comercial semelhante ocorreu em todos os blocos regionais no continente. Em dez anos, as trocas comerciais entre os países da América Latina e Caribe passaram de US$  50 bilhões para US$ 189 bilhões. Mais da metade dessas trocas envolve produtos manufaturados, numa lista diversificada de quase 10 mil itens.


Quero destacar a importância, para as pequenas e médias empresas, das oportunidades geradas pelo comércio no interior do bloco. Estas empresas são fundamentais, em qualquer país, para a geração de renda e a democratização do processo econômico.


Os avanços da integração, no entanto, foram além das relações comerciais. Os empresários dos nossos países estão aprendendo a investir nos países vizinhos, e não apenas a vender e comprar. Grandes empreendimentos regionais estão se constituindo em áreas como aviação, telefonia, serviços financeiros, alimentação, cimento e tecnologia da informação, entre outras.


Até 2004, a troca de investimentos entre países da região correspondia a apenas 4% do investimento direto externo na América Latina e Caribe. Hoje, ultrapassou 14% do total, e pode se ampliar muito mais, se fizermos o que tem de ser feito.


Em dezembro de 2004, na  reunião de presidentes sul-americanos em Cuzco, demos um grande passo político, com a criação da UNASUL. Constituímos um organismo democrático multilateral, sem nenhum tipo de tutela externa.


É muito significativo, do ponto de vista da nossa evolução histórica, que uma das primeiras iniciativas da UNASUL tenha sido a instalação do Conselho Sul-Americano de Defesa. Em breve, estará funcionando, em Quito, a Escola de Defesa Sul-Americana. Com tais medidas corajosas – impensáveis para muitos da minha geração – demarcamos o território da soberania, do diálogo e da paz em nosso continente.


Sempre que foi convocada, a UNASUL construiu soluções de entendimento para conflitos entre países, e ajudou a superar tensões políticas desestabilizadoras.


Em 2008, realizamos na Bahia a cúpula de chefes de estado da América Latina e do Caribe – a nossa primeira reunião sem a presença dos Estados Unidos e do Canadá. Ali decidimos criar a CELAC, que seria oficialmente constituída na cúpula da Riviera Maya, no México, em 2010.


A constituição da CELAC ampliou ainda mais o espaço de cooperação democrática sobre o qual semeamos o projeto de integração da América Latina e do Caribe.


Somos hoje 33 países com a vontade comum de construir um futuro à altura dos nossos sonhos e possibilidades; e de exercer um papel cada vez mais ativo na comunidade global.


Meus amigos, minhas amigas,


Todos os avanços que mencionei são importantes para a evolução histórica do processo de integração. Mas não são suficientes. Poderíamos e deveríamos ter feito muito mais. A verdade é que o avanço da integração não está a altura do nosso potencial e sobretudo das nossas necessidades. A crise econômica mundial teve um efeito inibidor sobre as iniciativas de integração. Como se tivéssemos que esperar o fim da crise para voltar a tratar da integração. Estou convencido de que é justamente o contrário: quanto mais nos integrarmos, melhores serão as nossas condições para enfrentar e superar os efeitos da crise. A integração não é um problema; ela é parte da solução. Longe de mantê-la congelada, esperando tempos melhores, o que devemos fazer é acelerá-la.


É impressionante constatar, por exemplo, quanto tempo o Brasil viveu de costas para os vizinhos do continente – e creio que o mesmo aconteceu com a maioria dos países da região.


Durante cinco séculos, tivemos mais conexões com as velhas metrópoles e com os Estados Unidos do que entre nós mesmos – na economia, nos transportes, na política e até no âmbito da cultura e do pensamento.


Ficamos apartados uns dos outros até fisicamente.  Imaginem vocês que somente no meu governo, já no século XXI, é que foram construídas as primeiras pontes fluviais ligando o Brasil ao Peru e à Bolívia.


Isso tornou possível a conclusão do Eixo Interoceânico Sul, ligando a costa peruana à Amazônia Brasileira. E também concluímos o Corredor Bioceânico, do porto de Arica, no Chile, ao porto de Santos, no Brasil, passando por território boliviano.


Mas chega a ser inexplicável que, depois de executar duas obras de tamanha importância, não conseguimos ainda viabilizar a circulação de mercadorias por essas estradas. No primeiro caso, falta uma decisão meramente administrativa do Brasil. No segundo, falta um acordo com a Bolívia para o trânsito de caminhões de outros países.


A experiência me ensinou que não basta firmar acordos e anunciar decisões em cúpulas presidenciais. Não raro, depois que os presidentes retornam aos seus países, a foto oficial é o único resultado palpável de uma cumbre.


Para que tais decisões se transformem em fatos, elas não podem cair na rotina dos legislativos, a quem compete aprová-las, nem na burocracia dos governos, a quem  compete implementá-las.


Por isso é tão importante repensar o funcionamento dos nossos parlamentos nacionais no que diz respeito aos acordos assinados pelos chefes de estado.


Cabe a eles examinar as questões concretas da integração, desde os direitos laborais até as relações comercias. Desde o respeito aos direitos humanos até o compartilhamento de tecnologias.


Da mesma forma, os parlamentos devem criar mecanismos especiais, mais ágeis, para a aprovação dos nossos acordos.


Meus amigos, minhas amigas,


Nossa região concentra cerca de 30% do potencial hidrelétrico do planeta. Esta fonte renovável corresponde a 52% da nossa capacidade instalada de geração de eletricidade, que hoje é da ordem de 325 Gigawats. Mas ainda não aproveitamos nem 40% desse potencial, construindo usinas e linhas de transmissão para o aproveitamento integral e solidário deste recurso.


Da mesma forma precisamos integrar a rede de gasodutos e oleodutos, para aproveitar o potencial de combustíveis fósseis, e também estimular e coordenar a geração a partir de outras fontes de energias renováveis: eólica, solar, de biomassa, marinha e geotérmica.


Além disso, para avançar no ritmo necessário à expansão econômica, teremos de ampliar e conectar a rede de comunicação por banda larga entre nossos países .


É muito importante definir novas fontes de financiamento para projetos estratégicos, mesmo aqueles circunscritos ao território de um só país e que têm importância para a região. Neste sentido se impõe o pleno funcionamento do Banco do Sul. Mas também é preciso valorizar mais as fontes já existentes, nacionais e multilaterais, além de aproveitar as oportunidades abertas pelo Novo Banco de Desenvolvimento instituído pelos BRICS.


Cabe aos países mais desenvolvidos, com as maiores economias da região adotarem políticas para facilitar o acesso dos países mais pobres aos seus mercados consumidores.


E me permitam enfatizar outro grande desafio: integrar as cadeias produtivas. Há quem duvide da nossa capacidade para tanto. Mas, se hoje fabricamos automóveis com partes feitas em diferentes países do Mercosul, por que não seríamos capazes de fazer o mesmo com outras cadeias industriais de valor, compartilhadas por diversas nações, contribuindo para superar as assimetrias entre eles?


Esse esforço diz respeito aos governos e suas agências, e também aos empresários, ao setor financeiro e aos sindicatos de trabalhadores. Neste sentido, considero importantíssima a Plataforma Laboral das Américas, que os companheiros sindicalistas de toda a região lançaram em maio, no Chile.


Meus amigos, minhas amigas,


Estes primeiros anos do século XXI marcaram o início de uma nova era para as populações da América Latina e do Caribe. Na maioria dos países, que adotaram políticas ativas de distribuição de renda, geração de empregos e inclusão social, a economia cresceu acima da média mundial.


O desemprego urbano na região, que alcançava 11,1% em 2003, estava reduzido a 6% no terceiro trimestre de 2014. No mesmo período, o salário mínimo teve aumento real de 20% na média dos países latino-americanos.


Estamos tirando nossos países do mapa mundial da fome.


Reduzimos fortemente a pobreza e a desigualdade.


Ampliamos – e muito- o acesso à educação e saúde públicas, ao mesmo tempo em que trabalhamos para melhorar sua qualidade. Enfrentamos o preconceito com corajosas políticas afirmativas. E tudo isso buscando combinar desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade ambiental. Em suma, nossos países, cada um ao seu modo, estão distribuindo renda, conhecimento e poder. Isso significa que as populações estão alcançando um novo patamar de direitos, de bem estar e de participação democrática.


Desse patamar não podemos retroceder.


Meus amigos, minha amigas,


Diferentemente do que ocorria no passado, os países da América Latina estavam melhor preparados para enfrentar a crise financeira global desencadeada em 2008.


A maioria de nossos países rejeitou a receita da recessão e corte de investimentos públicos, que ceifou milhões de empregos e arruinou milhões de famílias ao redor do mundo.


Um estudo da Cepal com países selecionados da América Latina e Caribe aponta que, entre 2009 e 2013, tivemos um crescimento médio de 7,8% na geração de empregos. Considerando apenas os empregos formais,  o crescimento foi de 12,5% no período.


Isso mostra o acerto das políticas que adotamos para enfrentar os impactos da crise global – políticas soberanas, decididas sem a ingerência do FMI, cujas imposições infelicitaram toda uma geração de latino-americanos.


Agora estamos em uma nova fase da crise global, marcada pela retração do comércio externo e do fluxo de investimentos a partir dos centros econômicos tradicionais.


Temos feito enorme esforço para superar o papel que nos atribuíram no passado de meros exportadores de produtos primários. O caminho para o futuro passa pelo conhecimento, pela identificação de oportunidades e complementariedades no processo produtivo.


Essa transição é crucial, não apenas para desenvolver a produção e o mercado intrarregional, mas para alcançarmos maior competitividade na disputa pelos mercados externos.


Temos de produzir com mais eficiência, incorporando avanços tecnológicos para agregar valor à nossa produção. Precisamos investir em infraestrutura, para reduzir os custos de logística e energia; e equacionar os mecanismos de financiamento da produção.


Por isso mesmo, nossa capacidade de avançar na integração será determinante para a maneira como nossos países vão enfrentar a nova etapa da crise.


A América Latina e o Caribe estão conquistando um novo lugar no mundo. Estamos deixando de ser uma peça menor nas relações internacionais. E isso contraria interesses estabelecidos, que reagem duramente ao nosso crescimento comercial, econômico e político.


Isoladamente, somos mais frágeis nas disputas políticas e econômicas de ordem global. Juntos, constituímos uma potência, com uma população de 600 milhões de habitantes e um PIB superior a 5,5 trilhões de dólares.


Juntos, e somente juntos, temos a possibilidade real de influenciar na reforma dos organismos multilaterais e de contribuir para uma nova ordem política e econômica global mais justa, equilibrada e democrática.


Meus amigos, minhas amigas,


O verdadeiro sentido da integração manifesta-se concretamente na ampliação dos direitos e das oportunidades de cada cidadão, que não devem se limitar mais ao seu próprio país.


Os exemplos históricos de blocos regionais no mundo mostram que eles se consolidam quando seus habitantes podem trabalhar, estudar, empreender e investir em todos os países.


Tão importante quanto a integração política e econômica é a integração social; a aproximação, o convívio, o intercâmbio, a aliança entre os nossos povos.


Quando o cidadão comum se sentir parte integrante e beneficiário direto desse processo, aí, sim – estaremos forjando uma verdadeira vontade popular pela integração; uma nova cidadania, conscientemente latino-americana.


Para isso é imprescindível fomentar o diálogo e a cooperação entre as nossas universidades, os nossos cientistas, artistas e os mais diversos movimentos sociais.


A nova etapa do processo de integração exige uma visão de longo prazo sobre as questões estruturais do processo de integração. Planejar o futuro com o objetivo de dar um salto de qualidade em nossa região.


Hoje, nosso principal desafio é construir um pensamento estratégico latino-americano e caribenho e, a partir dele, um projeto integrador mais ousado, que aproveite toda essa riqueza histórica, material e cultural.

 fonte:conversaafiada.com

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Eleitores de Dilma estão habilitados a mover ação contra Aécio Neves

Janio de Freitas comenta declaração de tucano de que perdeu eleição "para organização criminosa"

 
O jornalista Janio de Freitas, em sua coluna desta terça-feira (2) na Folha de S. Paulo, destaca a declaração do candidato derrotado à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), que afirmou neste fim de semana que perdeu a eleição "para uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí está."
De acordo com o jornalista da Folha, de fato Aécio não perdeu para um partido político. "Perdeu para os eleitores, petistas, peemedebistas e nada disso, que lhe negaram  o voto e o deram a Dilma". Ainda segundo Jânio de Freitas, qualquer um deles está agora habilitado, desde que capaz de alguma prova de adesão a Dilma, "a mover uma ação criminal contra Aécio Neves por difamação, calúnia, injúria, e cobrar-lhe uma indenização por danos morais."
www.folhavitoria.com.br
Jânio de Freitas prossegue afirmando que uma foto em manifestação, uma doação, um cartaz na janela ou no carro "podem se juntar às demais provas para dar uma resposta à acusação de Aécio Neves tão gratuitamente agressiva e tão agressivamente insultuosa."
O jornalista destaca que é difícil admitir que Aécio "esteja consciente do papel que está exercendo. A situação social do Brasil não é de permitir que acirramentos, incitações e disseminações de ódios levem apenas a efeitos inócuos, de mera propaganda política."
Jânio destaca ainda que, se Aécio acha que está sendo porta-voz de um sentimento de indignação, pior ainda: "fica evidente que não sabe mesmo o que está fazendo, e aonde isso o leva."

A OAB responsabiliza a má qualidade do Ensino Jurídico pelo grande número de reprovados em suas provas.

Cursos de Direito aumentam 700% em 18 anos e qualidade cai 
A enorme quantidade de reprovados nas provas da Ordem dos Advogados do Brasil é culpa da má qualidade do ensino jurídico. Foi o que reiteraram debatedores do tema na terça-feira (21/10) na XXII Conferência dos Advogados, que acontece no Rio de Janeiro. Os números, segundo eles, dão indícios desse problema: em 1996, o Brasil tinha 160 faculdades de Direito. Em 2001, esse número subiu para 505. Hoje, são 1.284 faculdades — um aumento de 700% em 18 anos.

O debate teve a presença do PHD in Law pela University of Aberdeen Júlio César de Aguiar, que fez a exposição “Em busca de uma base científica para uma interpretação da lei”. Aguiar propôs um modelo científico chamado de “análise comportamental do Direito”, que é baseado na psicologia behaviorista e pode ajudar a interpretar o ensino jurídico. “Não podemos mais nos dar ao luxo de formar juristas com uma visão demasiada romântica, quase literária, da lei”, afirmou.


Durante seu discurso, o membro honorário vitalício da OAB Ophir Cavalcante Junior (foto) explicou que o principal intuito do Exame da Ordem é garantir o exercício profissional qualificado do advogado. Ele criticou as faculdades com baixa aprovação na prova. “Pesquisas demonstram que aqueles cursos que têm uma aprovação baixa no Exame de Ordem geralmente não investem em pesquisa e extensão e remuneram mal seus professores”, afirmou.


O novo marco regulatório do ensino jurídico e os problemas de qualidade foram os principais assuntos tratados pelo presidente da comissão nacional de educação jurídica do Conselho Federal da OAB, Eid Badr, que explicou as medidas que estão sendo tomadas pela Ordem para melhorar essa situação. Badr elogiou a postura do presidente do Conselho Federal, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, que no início do ano passado se reuniu com o Ministério da Educação e criou o Termo de Cooperação, assumindo a responsabilidade de fazer audiências públicas em cada unidade federal da OAB. “Foram realizadas, no ano passado, 32 audiências pelo Brasil, nas quais alunos e professores se juntaram para tentar melhorar a qualidade do ensino”, contou.


O palestrante Willian Guimarães Santos de Carvalho, presidente da OAB-PI, discursou sobre prática jurídica e estágio profissional. Ele elogiou as mudanças em relação às regulamentações do estágio e da obrigatoriedade do ensino da prática jurídica. E destacou que a Ordem se preocupa com os advogados em início de carreira e com os estagiários da área. Em seu discurso, propôs que a OAB assuma dois cursos aos recém-formados: um de capacitação de estágios e outro de formação de mediadores. Os presentes no auditório concordaram com as propostas.


Sobre a valorização do professor, o presidente da comissão especial de apoio ao professor de Direito do Conselho Federal, Sergio Leal Martinez, afirmou que devem ser criados projetos que valorizem o papel que esse professor desempenha. “Para que o professor de Direito possa exercer seu trabalho com dignidade, deve haver remuneração adequada ao seu papel e desempenho na sociedade”, explicou.


O painel foi comandado pelo presidente da OAB-RO, Andrey Cavalcante Carvalho, e teve como relator e secretário os advogados Lúcio Teixeira dos Santos e Hélio Gomes Coelho Júnior. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB.


Fonte: Site do Conjur, em 23/10/2014.

Projeto autoriza governo do estado a criar nova universidade

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Professores de escola do Rio entram em greve por atraso de pagamento!

Professores de escola particular entram em greve por atraso de pagamento em Higienópolis


Professores da escola particular Imaculada Conceição em Higienópolis, zona norte do Rio, entram em greve por atraso de pagamento. Segundo professores, o salário está atrasado há quatro meses. Clique aqui para ver o vídeo da notícia.

sábado, 22 de novembro de 2014

Aberto edital para pesquisadores, na área de Ciências Humanas e Sociais, para intercâmbio com os Estados Unidos!

Descrição
Estão abertas as inscrições para o Programa Cátedra.  A iniciativa apoia a participação de professores e pesquisadores brasileiros das ciências humanas e sociais em atividades da Universidade de Columbia, localizada em  Nova York, EUA.
Seu edital, publicado pela  Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), prevê a concessão de uma bolsa por ano, no valor de US$ 5 mil mensais além de um auxílio instalação de US$ 2 mil.
O pesquisador selecionado terá direito a seguro saúde, passagem aérea de ida e volta e moradia no campus da Universidade.
O Programa Cátedra Dra. Ruth Cardoso é uma parceria da Capes com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Universidade de Columbia (UC) e a Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos da América e o Brasil (Fulbright).
Um dos objetivos do programa é apoiar e destacar o desempenho de cientistas brasileiros, aproximando e dialogando ambas as culturas e sociedades. 
As inscrições vão até o dia 7 de dezembro.
Para mais informações, acesse oeditaldo programa.

O áudio está disponível gratuitamente para utilização das rádios
14/11/2014 – Sonora: Karenina Moss

Categoria:Boletim
Download:Veja todos os tamanhos disponíveis
fonte: centraldemidia.mec

Governador Alckmin veta psicólogos na rede pública de ensino e Haddad aprova psicopedagogos nas escolas municipais

O governador Geraldo Alckmin vetou Projeto de Lei que autoriza a Estado a criar cargos de psicólogo e assistente social nas escolas estaduais e Haddad sanciona lei que implementa psicopedagogos na rede municipal.
No último dia 15, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) vetou o Projeto de Lei 442/07, de autoria da deputada Ana do Carmo (PT). Aprovado no final de 2012, o PL autoriza a Estado a criar cargos de psicólogo e assistente social nas escolas estaduais da educação infantil, fundamental e ensino médio. “O governador vetou mais uma medida para melhoria da educação no estado”, disse o presidente do Sinpsi, Rogério Giannini.
Com apoio do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o CRP-SP, o Sinpsi e a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) enviaram ofício ao secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, pedindo audiência para explicar a importância da aprovação do projeto para a melhoria da educação pública. O secretário ignorou o ofício e não chamou os representantes das entidades para uma reunião. Dias depois, o governador vetou o projeto com a justificativa de evitar novos custos e de que esses serviços já são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos conselhos tutelares.
Profissionais da Psicologia querem participar da construção do processo educativo e atuar na relação entre escola, professores, alunos e a comunidade. (Foto: Flickr/EducacaoSP)
Agora, o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP-SP) e o Sindicato dos Psicólogos de São Paulo (Sinpsi) estão convocando audiência pública para a próxima quinta-feira (18), na Assembleia Legislativa de São Paulo, com o objetivo de criar um grupo de trabalho para formular um novo projeto de lei que garanta profissionais da Psicologia e do Serviço Social nas escolas públicas estaduais. Estarão presentes representantes de sindicatos e conselhos e são esperados também representantes do governo estadual.

domingo, 9 de novembro de 2014

Plano de Formação de Professores define vagas para 2015!

Com informações de secretarias, plano de formação define vagas

Capes aguarda a informação das secretarias para definir vagas em cursos de formação de professores (Foto: Arquivo MEC)As secretarias estaduais e municipais de educação e os institutos federais de educação, ciência e tecnologia das cinco regiões do país têm prazo até 21 de novembro para informar na Plataforma Freire quantos professores das suas redes precisam cursar uma licenciatura ou pedagogia. É com base nessa informação que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), junto com as universidades e os fóruns de educação, define as vagas do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) para 2015. A inscrição dos professores será de 20 de janeiro a 13 de março do próximo ano.

O plano de formação, lançado em 2009, abre turmas especiais em cursos de licenciatura e programas de segunda licenciatura, na modalidade presencial, exclusivas para educadores das redes públicas que não possuem formação superior na área onde atuam, conforme exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

Essas turmas são abertas mediante a convergência de três fatores: as secretarias estaduais, municipais e do Distrito Federal e os institutos federais informam o número de vagas de que suas redes precisam; as instituições de ensino superior, que participam do Parfor, definem e informam a oferta de cursos e de vagas, e os educadores fazem a pré-inscrição na licenciatura que pretendem cursar. Todo o processo é realizado na Plataforma Freire.

Critérios – Para ocupar as vagas da primeira licenciatura, o professor precisa atender requisitos descritos no Parfor: estar vinculado a uma rede pública estadual, municipal ou do Distrito Federal; no exercício da atividade do magistério; não ter curso de licenciatura. A carga horária mínima é de 2.800 horas, das quais 400 horas de estágio supervisionado. A duração do curso é de quatro anos.

Já o educador com graduação em área diferente daquela em que leciona precisa estar há pelo menos três anos na rede pública, para fazer a segunda licenciatura. Esse curso tem carga horária de 800 horas a 1.400 horas e duração entre dois anos e dois anos e meio. O Parfor também oferece formação pedagógica para docentes graduados ou licenciados das redes públicas. Essa formação complementar é de 540 horas, ministrada durante um ano.

Os cursos são gratuitos para todos os professores, mas a Capes repassa recursos financeiros para as instituições de ensino superior responsáveis pela formação, supervisão de estágios e certificação dos concluintes. É tarefa das secretarias de educação oferecer aos cursistas material escolar, transporte, hospedagem e alimentação durante o curso.

Resultados – De maio de 2009, quando foi criado, a dezembro de 2012, o Parfor colocou em salas de aula 54,8 mil professores em turmas especiais, segundo balanço publicado pela Capes. No período, foram implantadas 1.920 turmas em 397 municípios. Professores das regiões Norte e Nordeste foram os que mais procuraram formação. Até 2012, o Parfor atendeu 28.073 educadores da região Norte e 20.781 do Nordeste. Na sequência, aparecem a região Sul (3.422 professores), o Sudeste (1.847) e o Centro-Oeste (753).

O Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica integra um conjunto de políticas públicas do governo federal em parceria com estados, municípios e instituições de ensino superior para transformar o magistério. Estão neste grupo de políticas o Piso Nacional do Magistério, instituído em julho de 2008; os cursos de mestrado profissional para educadores das redes públicas; o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á Docência (Pibid), que visa o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores; o Programa de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência), que fomenta a inovação, a elevação da qualidade dos cursos do magistério e a valorização da carreira do professor.

fonte: portal.mec

10 Perguntas e respostas sobre o Decreto de Participação Social e a Reforma Política


Muito se fala sem conhecer, induzindo a opinião pública com fantasmas e outras alegações que apenas demonstra o quanto essa pauta da participação popular é temida



31/10/2014
 Por Ronaldo Pagotto

 O decreto presidencial 8243/2014 implementa a Política e o Sistema Nacional de Participação Social foi publicado no último 25 de maio e desde então vem sendo discutido na grande imprensa, no Congresso Nacional, nas redes sociais etc. E muito se fala sem conhecer, induzindo a opinião pública com fantasmas e outras alegações que apenas demonstra o quanto essa pauta da participação popular é temida.

A relação entre esse simples decreto e a bandeira estrutural da reforma política é evidente, e buscaremos demonstrar isso nesse artigo.

1. Qual o papel dos Conselhos e por que mudar o que já existe?
Os Conselhos existem desde o primeiro governo de Getulio Vargas, que instituiu o Conselho Nacional do Café. Desde então já temos mais de 30 Conselhos Nacionais, que se desdobram em estaduais, regionais, municipais, de bairros etc. 

A marca desses Conselhos é na formulação de políticas públicas e propostas mais estruturais, que, submetidas ao chefe do executivo, podem se converter em projetos de lei ou políticas públicas. Alguns exemplos: política da merenda escolar, o programa de aquisição de alimentos, a estruturação do SUS, a política nacional de resíduos sólidos, dentre centenas de outras já implantadas e que ajudam a melhorar a vida do povo. Um dos mais emblemáticos é o Conselho Nacional de Saúde, que foi responsável pela construção da maior parte das propostas que conformaram o projeto do SUS na Constituinte de 1988.

Os membros são definidos por uma separação geral, sempre com a maior parte advindo da sociedade civil. Não há função remunerada para o funcionamento nos Conselhos, todo o trabalho é voluntário.
A mudança com o decreto é para tornar o funcionamento mais homogêneo, integrado entre si, constituir o método de participação popular como uma política definitiva, instituir métodos de participação presencial, com ampla publicidade, virtual, etc.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

CCT da Educação Superior 2014/2015: assinada em 27 de outubro

Foi assinada nesta segunda-feira, dia 27 de outubro, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015 da Educação Superior. O prazo para oposição da contribuição assistencial começa a contar a partir da data de assinatura e se estende pelo prazo de vinte dias, conforme cláusula 36. Ela deve ser entregue na Secretaria do Sindicato.
Clique aqui e faça o download da íntegra do documento.


Abaixo, leia um resumo da nova CCT:


REAJUSTE SALARIAL
Reposição salarial pelo INPC do período, acrescido de um ganho real, totalizando 6,18%.
Abono salarial de 8% a ser pago em conjunto com o salário do mês de novembro de 2014.


CLÁUSULAS NOVAS:
Regulação das aulas ministradas pelo professor na Pós-Graduação e no Ensino a Distância.
Regulação da licença remunerada para atividade sindical.


Pós-Graduação
A instituição de ensino deverá pagar, a título de hora aula, valor superior ao piso salarial da categoria.
Deverá pagar, também, o repouso semanal remunerado, o adicional por tempo de serviço e o aprimoramento acadêmico.
O professor receberá no início do ano letivo o calendário contendo todas as aulas para turmas de Pós-Graduação que ministrará no período.
Não existe qualquer impeditivo para o professor cumular as aulas de Graduação com as de Pós-Graduação. A Instituição de Ensino deverá quitar por meio de rubrica diferenciada nos recibos salariais cada uma das aulas ministradas.
As aulas de Pós-Graduação poderão ter duração de até 90 minutos, sendo certo que a remuneração deverá corresponder, proporcionalmente, a quantidade de minutos que extrapolar o limite previsto na Cláusula 15 da Convenção (50 minutos para cursos diurnos e 40 minutos para o noturno)
Esta cláusula tem vigência diferenciada e começará a ser aplicada a partir do mês de janeiro/2015.


Ensino a Distância
Garantia de recebimento pelo professor responsável por disciplina à distância, do piso salarial da categoria, conforme a sua classificação (auxiliar, assistente, adjunto ou titular).
Estipulação de um piso salarial para o professor tutor a distância.
Definição das atribuições a serem desempenhadas pelo professor responsável por disciplina à distância e pelo professor tutor a distância.
Fixação da jornada de trabalho compatível com o estabelecido pelo MEC.
Impossibilidade de contratação do professor para ministrar aulas ou atender os alunos nos domingos e feriados. Caso ocorra a prestação de serviços, a hora aula deverá ser quitada com o acréscimo do adicional de 100%, por se tratar de horas extraordinárias prestadas em dias destinados a descanso.
Obrigatoriedade de fornecimento de todo o material e infraestrutura necessária para o pleno desenvolvido das tarefas pelo professor responsável por disciplina à distância e pelo professor tutor a distância.


Licença Remunerada para Atividade Sindical
Garantia de licença remunerada para o Dirigente, com o fim de permitir o desenvolvimento das atividades sindicais durante o período de vigência do seu mandato.


Comissão Paritária
Criação de novas Comissões com o fim de debater e propor melhorias nas condições de trabalho, em razão da aplicação de novas tecnologias na educação e do desenvolvimento do trabalho “on line”.


CLÁUSULAS MODIFICADAS


Cláusula 2 – Regime de Trabalho
Equivalência remuneratória entre o professor contratado em regime de tempo integral com o admitido para o tempo parcial.


Cláusula 5 – Pisos Salariais
Modificação dos pisos observando o reajuste salarial pactuado e a inclusão do piso salarial para o professor-tutor a distância
Garantia do pagamento de um adicional compensatório para o professor contratado para ministrar aulas na graduação, caso seja convidado a trabalhar como professor tutor na parte a distância de graduações na modalidade presencial.


Cláusula 9 – Atividades Extraordinárias
Adequação da cláusula em razão da estipulação de cláusula especifica sobre pós-graduação.


Cláusula 15 – Duração da Aula
Garantia do pagamento integral da hora aula no período diurno, nos cursos que oferecem aulas de 60 minutos, com a utilização do critério existente para a extrapolação do período noturno.


Cláusula 17 – Dia do Professor
Adequação das datas para a realização de seminários e atividades comemorativas.


Cláusula 25 – Carreira Docente
Adequação da cláusula em razão da estipulação de regras específicas para a contratação do professor que ministrará aulas exclusivamente para cursos de Pós-Graduação e para o Professor Tutor a Distância.

 fonte: sinpro-rio

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Jornada de Ensino de História e Ditadura

No dia 22 de outubro, o Núcleo de Direitos Humanos, os Departamentos de Direito e História da PUC-Rio e a Comissão da Verdade do Rio convidam para uma jornada de discussão sobre materiais didáticos e práticas pedagógicas no ensino de História da ditadura com o objetivo de avaliar o panorama atual além de propor abordagens e encaminhamentos para pensarmos o ensino de História em uma perspectiva de educação em Direitos Humanos.
Informações e inscrições: politicasdememoria@gmail.com
As inscrições são gratuitas e haverá certificados de presença e participação.
PROGRAMAÇÃO

9h Abertura e apresentação do projeto "Políticas públicas de memória para o Estado do Rio de Janeiro: ferramentas e pesquisas para a não-repetição" (NDH/PUC-Rio, CEV-Rio). 
Coordenador: José María Gómez (Direito/ PUC-Rio)

10h -12h Ensino de História durante a ditadura: roda de conversa com professores.
Professor convidado: Ilmar Rohloff de Mattos (História/ PUC-Rio).

14h-16h História da ditadura nos livros didáticos e espaços de ensino: oficinas com professores.
Professora: Luciana Lombardo (História/ PUC-Rio).

16h-17h Sistematização das oficinas.

17h Coquetel de encerramento das atividades.

REALIZAÇÃO
Departamento de Direito PUC-Rio
Núcleo de Direitos Humanos / NDH PUC-Rio
Departamento de História PUC-Rio
Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro

Apoio
FAPERJ

Auditório B8 - Ala Frings, 8o andar

NOTA AOS TRABALHADORES, AOS CANDIDATOS AO GOVERNO ESTADUAL E À SOCIEDADE

A CTB apoia integralmente a reeleição da presidenta Dilma Rousseff no segundo turno que será realizado em 26 de outubro, tendo em vista que a candidatura do tucano Aécio Neves representa o risco de retrocesso neoliberal. Na economia, acena com um ajuste fiscal que trará de volta o desemprego em massa, a flexibilização e redução de direitos trabalhistas, arrocho salarial, fim da política de valorização do salário mínimo, criminalização e repressão das lutas e movimentos sociais; no plano externo vai restabelecer a política de subordinação aos EUA e ressureição da Alca.
Com relação às eleições no segundo turno para Governador do Estado do Rio de Janeiro, a CTB-RJ entende que as duas candidaturas constituem a base do atual governo Dilma e da aliança para sua reeleição, em que pese alguns desses setores estarem fazendo campanha para o campo do atraso.
A CTB-RJ indica aos trabalhadores do Estado que fortaleçam a posição pró-Dilma e repudiem os defensores do retrocesso e apresenta aos candidatos nossa plataforma:
1 – Em defesa de um projeto estadual de desenvolvimento com valorização do trabalho!
2 – Contra a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais!
3 – Contra a privatização da saúde e da educação! Não às OSs!
4 – Não à políticas de segurança que vitimem a população negra e pobre do Estado!
5 – Não à privatização da Cedae!
fonte: ctbrj

Zona Eleitoral




Quinta estreia #ZONAELEITORAL, programa de política, sexo e cultura


Diante da onda conservadora que é narrada pela grande mídia, Barão de Itararé, Mídia Ninja, OCafezinho, o MegaCidadania, Laboratório de Políticas Culturais, organizam o ZONA ELEITORAL, um programa e um evento de rua transmitido ao vivo pela internet para debater a atual conjuntura política do Brasil durante o segundo turno destas eleições.

O programa diário vai ao ar direto do coração da Vila Mimosa, no Bar Porto Pirata (R. Lopes de Souza, 24 - Praça da Bandeira), no Rio de Janeiro, a partir das 20 horas. A estreia vai ser nesta quinta-feira (16) e o encerramento com a apuração dos votos no domingo (26).

Para a primeira edição estão confirmados Jean Wyllys, Amir Haddad e Jandira Feghali, com apresentação de Miguel do Rosário e de Ana Paula Lisboa. Os comentários do público virtual ficarão por conta do nosso mega Alexandre César Teixeira.

Durante e após o debate a festa é com o grupo colombiano de dança e percussão Káfrica e com o DJ Persan, além de performances do Tá na Rua e do Atelier de Dissidências Criativas, mais projeção pública e convidados especiais.

A ocupação político cultural #ZonaEleitoral é um convite a exercer nosso direito à cidade. Queremos mais liberdade e muito mais democracia. O futuro do Brasil não merece voltar ao passado.

#VemPraZona!

SERVIÇO

#ZONAELEITORAL, programa e evento de rua transmitido ao vivo pela internet
Data: de 16 a 26 de outubro
Horário: a partir das 20h
Local: Bar Porto Pirata (R. Lopes de Souza, 24, Praça da Bandeira - Vila Mimosa), Rio de Janeiro

Sente o clima:

Mais infos:
Carla Santos: 96914-7229
Filipe Peçanha: 32 9116 8602
zonaeleitoral2014@gmail.com

--
Carla Santos
Jornalista e tradutora português/Italiano
(21) 9.6914-7229

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Diap: Congresso eleito é o mais conservador desde 1964

Estadão Conteúdo

BRASÍLIA - Apesar das manifestações de junho de 2013 - carregadas com o simbolismo de um movimento popular por renovação política e avanço nos direitos sociais - o resultado das urnas revelou uma guinada em outra direção. Parlamentares conservadores se consolidaram como maioria na eleição da Câmara, de acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

O aumento de militares, religiosos, ruralistas e outros segmentos mais identificados com o conservadorismo refletem, segundo o diretor do Diap, Antônio Augusto Queiroz, esse novo status. "O novo Congresso é, seguramente, o mais conservador do período pós-1964", afirma. "As pessoas não sabem o que fazem as instituições e se você não tem esse domínio, é trágico", avalia.

Artigo publicado no "Observatório da Imprensa" chama a atenção para o mercado de notícias sob encomenda!

A indústria da distorção da notícia assusta até os jornais

Por Carlos Castilho em 26/09/2014
A infiltração de interesses políticos e econômicos disfarçados de informação no noticiário jornalístico deixou de ser uma exceção para transformar-se numa regra que já preocupa até os grandes jornais e revistas como o The New York Times e The Economist.

A preocupação resulta do fato de que é cada vez mais difícil distinguir dados de interesse público de fatos, números e interpretações de interesse privado, o que compromete a credibilidade do noticiário e consequentemente o faturamento das empresas jornalísticas de todos os tipos e tamanhos.

Os mais novos protagonistas no esforço para moldar a opinião pública por meio de notícias apresentadas como jornalísticas são os chamados think tanks, expressão inglesa que poderia ser traduzida como grupos de estudo e pesquisa. Eles passaram a ocupar o lugar dos lobistas e dos chamados spin doctors, outra expressão inglesa muito usada no submundo da distorção informativa. Os spin doctors são especialistas em interpretar um dado de acordo com as conveniências de quem o contratou.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Chamada do Ministério da Cultura para a Consulta Pública da Lei Cultura Viva

Após uma década de criação do Programa Cultura Viva pelo Ministério da Cultura, foi instituída por meio da Lei 13.018./2014, a Política Nacional de Cultura Viva (PNCV).
Desde sua criação em 2004, se caracterizou por uma trajetória de gestão compartilhada com a sociedade civil.

Tal fato foi  reforçado com a recente sanção do DECRETO Nº 8.243, DE 23 DE MAIO DE 2014, que institui a Política Nacional de Participação Social , agora reconhecido como método de governo. Dentre os mecanismos previstos neste decreto, está a Consulta Pública (artigos 2º, 6º, 17º e 18º), a qual objetiva aperfeiçoar a elaboração de políticas públicas e as práticas de gestão.

Tendo como base tais considerações, iniciamos o processo de consulta pública da Lei 13.018/2014 – PNCV, para coletar recomendações para gestão da Política  e sugestões para o que cabe regulamentação.

Instruções para Participação 
Todos podem participar.

As ideias reunidas serão utilizadas como subsídios na redação de atos normativos para sua regulamentação.

Sua participação é muito importante para todo o processo! 
Comece agora! Acesse a Consulta Pública aqui: http://bit.ly/ConsultaCulturaViva

No final, deixe sua opinião com críticas ou sugestões sobre esta consulta pública e/ou outras observações.

Qualquer dúvida, fale conosco: REGULAMENTACV@cultura.gov.br

domingo, 7 de setembro de 2014

Artigo da BBC Brasil fala dos desdobramentos sociais do programa PRONATEC

Ex-entregador de folhetos vê curso técnico como escada para medicina

Atualizado em  1 de setembro, 2014 - 06:53 (Brasília) 09:53 GMT

Edward Jean Lirani, cursando enfermagem no Pronatec | Crédito: BBC Brasil
Edward Lirani: 'Já fiz de tudo, mas meu sonho sempre foi atuar na área de saúde'
 
De distribuidor de panfletos no farol a cozinheiro e supervisor do serviço de atendimento telefônico de uma empresa: Edward Jean Lirani, de 25 anos, começou a trabalhar ainda quando cursava o ensino médio e diz que "fez de tudo".

"Pode-se dizer que era sempre fui um 'quebra galho'. Depois que terminei a escola não tinha condições de continuar os estudos – precisava conseguir meu próprio sustento", conta.
"Mas meu grande sonho sempre foi atuar na área de saúde", diz ele.

Edward conseguiu, com algum sufoco, a vaga no curso técnico de enfermagem do Pronatec, programa do governo que financia cursos profissionalizantes em entidades públicas e privadas.
Ficou com uma das últimas vagas na turma da Faculdade Anhanguera, em Campinas, após uma tentativa frustrada em outra instituição.

O Jornal O Dia publicou notícias sobre dois dos grandes problemas na Educação Pública: O uso das verbas carimbadas para a Educação e a violência dentro das escolas.

Brasil é líder mundial em agressão a professores

Em pesquisa que ouviu 100 mil docentes em 34 países, 12,5% dos brasileiros contam que são agredidos ou intimidados uma vez por semana dentro da escola

Francisco Edson Alves
Rio - No dia 12 deste mês, o professor de Biologia Carlos Cristian Gomes, de uma escola estadual de Sergipe, levou cinco tiros de um aluno de 17 anos, que teria ficado revoltado com uma nota baixa. Gomes está internado em estado grave e respira por aparelhos. Esta semana, professores do Ciep Pablo Neruda, no bairro Laranjal, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, ameaçaram parar suas atividades em protesto por causa das constantes agressões verbais desferidas por alunos.
R., 45 , há dois anos teve que sair do Ciep Estaudal Raul Seixas, em Costa Barros, depois de ser agredido por aluno e parentes do estudante
Foto:  Alessandro Costa / Agência O Dia

Dia do Professor: Por valorização e nenhum direito a menos

  Foto: Freepik. Publicado 15/10/2023 - Atualizado 11/10/2023 No dia 15 de outubro, celebramos o Dia do Professor como uma data de luta, ref...