Nesta quarta-feira, dia 18 de dezembro, cerca de 400 pessoas fizeram uma manifestação em frente à Universidade Gama Filho, na Piedade, seguida de passeata pela Av. Dom Hélder Câmara, exigindo um posicionamento da instituição diante das aulas suspensas e salários atrasados de professores e funcionários. Muitos alunos estão temerosos diante da possibilidade de não conseguirem se formar. Segundo eles, desde que a atual mantenedora, a Galileo Educacional, administra a instituição, iniciou-se um processo de sucateamento da Universidade que provocou sérios problemas de infra-estrutura, associado ao não pagamento de salários, que se acumula há meses.
O MEC publicou nova portaria impedindo, mais uma vez, que a Gama Filho e a UniverCidade, cuja mantenedora também é a Galileo, realizem vestibulares e outros processos seletivos, novos contratos de financiamento estudantil (Fies) ou abram bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni). Essas medidas foram tomadas diante das irregularidades administrativas e acadêmicas presentes nestas duas instituições, que denotam o não cumprimento, por parte da Galileo, dos Termos de Saneamento de Deficiência, firmados pela mantenedora junto ao MEC.
A situação de alunos, professores e funcionários dessas duas instituições é cada vez mais crítica e só comprova que a Educação não pode ser tratada como mercadoria, nem a Escola como empresa. A CTB Educação – RJ lamenta que o Ensino Superior privado, no Rio de Janeiro, esteja vivendo uma situação de abandono, que se arrasta já há algum tempo. A sociedade carioca e fluminense merece e espera um maior cuidado e atitudes firmes de todas as instâncias em condições de interferir e resolver este problema.
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